A indústria frigorífica e os produtores, seja em grupos, seja em empreendimentos próprios, estão descobrindo a importância de criar, promover e sustentar uma marca de carne. Para isso, investem em
marketing, montam casas de carne com apelos atrativos e saem em busca de animais de qualidade superior. Esse movimento está em plena expansão no País, e deve ganhar musculatura numa
ampla segmentação que vai das linhas premium ao produto do dia a dia. Nesta edição do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2014, o projeto Swift Black da JBS, da holding J&F, lançado há quatro anos, é o destaque da categoria Carne de Qualidade. “O consumidor está buscando por qualidade e esse é um movimento sem volta no País”, diz Wesley Batista, CEO global da JBS. 

Para Renato Costa, presidente da divisão de carnes da JBS, no Brasil há um otimismo fundamentado em relação ao crescimento das marcas. “Os clientes estão pedindo por um produto equivalente ao da alta gastronomia”, afirma Costa. “E nós estamos tentando satisfazer esse público.” De acordo com o executivo, o mercado de carnes especiais é estratégico para a JBS. E a Swift Black é o carro-chefe. “No ano passado, a demanda pelo produto cresceu 64%”, afirma Costa.

Para dar solidez ao projeto, a linha Swift Black foi testada, em 2013, pelo Instituto Internacional de Sabor e Qualidade (ITQI, na sigla em inglês), de Bruxelas, na Bélgica. A entidade reúne chefes de cozinha e sommeliers europeus para avaliar produtos em diferentes categorias, entre elas textura, sabor e odor. A Swift Black recebeu três estrelas, a pontuação máxima no ITQI. 

No campo, a marca Swift Black envolve a participação de 175 pecuaristas gaúchos, entre criadores e recriadores de gado. A título de incentivo ao produtor, os animais jovens, de até 24 meses e 380 quilos,
são comprados a preço de boi gordo e seguem para o confinamento. 

O mercado de carne de qualidade está se mostrando tão atrativo que em setembro a JBS lançou mais uma marca, a Swift Gran Reserva, em parceria exclusiva com criadores de angus.