São Paulo, 15 – A Bolsa de Cereais de Buenos Aires manteve a previsão de produção de soja na Argentina em 2017/18 em 42 milhões de toneladas. A Bolsa destacou que a colheita da oleaginosa começou, com progressos por enquanto em Córdoba, Santa Fe, Entre Ríos e áreas de Buenos Aires. “Até o momento, menos de 2% da área nacional foi colhida, com rendimentos muito variáveis. A colheita ganhará maior fluidez durante as próximas semanas, melhorando a precisão sobre as médias regionais e isso permitirá confirmar as expectativas de produtividade estimadas durante as semanas anteriores”, apontou.

A entidade disse ainda que não foram registradas chuvas em amplas áreas do nordeste do país, aumentando a proporção de lotes que começaram a entrar em etapas críticas sob condição hídrica regular. Segundo a Bolsa, se a umidade do solo não for reposta, aumentarão os riscos de novos cortes na previsão de produção. A Bolsa destacou, contudo, que os setores agrícolas do noroeste e nordeste da Argentina podem registrar precipitações moderadas a abundantes, de 10 a 75 mm, nos próximos dias.

“As chuvas registradas nos últimos dias beneficiaram setores específicos do sul, leste e nordeste de Buenos Aires, nordeste de Santa Fe, norte de Entre Ríos e em setores isolados de menor proporção do norte da Argentina”, disse a Bolsa. Apesar disso, o déficit de umidade não mudou e, mesmo que as chuvas voltem a ocorrer, elas não trariam grandes mudanças no cenário atual, conforme a entidade.

Com relação ao milho, a Bolsa manteve a previsão de produção em 34 milhões de toneladas. Enquanto a colheita de áreas plantadas mais cedo avança pelo centro da região agrícola nacional, grande parte dos lotes tardios transita pelo período crítico de definição de rendimento com reservas hídricas ainda escassas. As produtividades, conforme a Bolsa, seguem abaixo das observados nas últimas temporadas. Segundo a Bolsa, 8% da área de milho foi colhida, com os maiores avanços no centro-norte de Santa Fe e centro-leste de Entre Ríos. O milho plantado mais tarde e de segunda safra está sendo prejudicado pela falta de chuvas expressivas durante as últimas semanas.

No norte do país, as precipitações têm atingido o milho no período reprodutivo, beneficiando o potencial produtivo das lavouras. Já na província de Córdoba, a falta de chuvas afeta o enchimento dos grãos em áreas mais tardias, o que pode prejudicar o rendimento do cereal.