As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, um dia após a divulgação da queda recorde do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, como resultado da pandemia do novo coronavírus. Os mercados chineses, no entanto, se animaram com dados que indicam recuperação da atividade manufatureira.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 2,82% em Tóquio hoje, a 21.710,00 pontos, pressionado por ações financeiras, enquanto o Hang Seng recuou 0,47% em Hong Kong, a 24.595,35 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,78% em Seul, a 2.249,37 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,46% em Taiwan, a 12.664,80 pontos.

Ontem, o governo americano divulgou que o PIB dos EUA sofreu uma retração anualizada de 32,9% no segundo trimestre, a maior da história, diante dos efeitos da covid-19. Embora não tenha sido tão ruim quanto se esperava, o resultado realimentou temores sobre a perspectiva da economia global.

Além disso, a propagação e o saldo de mortes do coronavírus pelo mundo continua inibindo o apetite por risco. Apenas os EUA acumulam mais de 150 mil óbitos causados pela doença.

Na China continental, porém, as bolsas ficaram no azul após dados mostrarem que o índice de gerentes de compras (PMI, pela sigla em inglês) do setor industrial chinês subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, sugerindo que a manufatura da segunda maior economia do mundo está se expandindo em ritmo mais veloz do que se imaginava, após sofrer o violento choque da pandemia. O Xangai Composto subiu 0,71% nesta sexta, a 3.310,01 pontos, encerrando julho com valorização superior a 10%. Já o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,33%, a 2.256,87 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana teve seu pior dia em cinco semanas, diante também do avanço do coronavírus no Estado de Victoria. O S&P/ASX 200 caiu 2,04% em Sydney, a 5.927,80 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.