As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, 6, seguindo os mercados acionários de Nova York, que ontem caíram de forma significativa após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sinalizar que poderá elevar suas taxas de juros antes do esperado.

O índice japonês Nikkei liderou as perdas na Ásia, com queda de 2,88% em Tóquio, a 28.487,87 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,13% em Seul, a 2.920,53 pontos, e o Taiex recuou 0,71% em Taiwan, a 18.367,92 pontos.

Na China continental, o dia foi de desvalorização modesta: o Xangai Composto teve baixa de 0,25%, a 3.586,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,10%, a 2.481,33 pontos.

A exceção foi o Hang Seng, que subiu 0,72% em Hong Kong, a 23.072,86 pontos, em meio a uma recuperação de ações de tecnologia que haviam sofrido fortes perdas no pregão anterior.

O predomínio da aversão a risco na Ásia veio após as bolsas de Nova York caírem até mais de 3% ontem em reação à última ata de política monetária do Fed, na qual o BC americano sugere que poderá elevar seus juros básicos mais cedo e em ritmo mais forte do que se imaginava, diante de pressões inflacionárias.

O avanço do PMI de serviços da China para 53,1 em dezembro, apontando expansão mais robusta do setor apesar de preocupações com a covid-19, acabou ficando em segundo plano.

Na Oceania, a bolsa de Sydney sentiu o peso da ata do Fed, mas foi também afetada por dados mostrando que a Austrália registrou mais de 72 mil novos casos de covid-19 em um único dia, número recorde, em meio à disseminação da variante Ômicron. Em seu maior tombo desde setembro, o índice australiano S&P/ASX 200 caiu 2,74% hoje, a 7.358,30 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.