As bolsas de Europa fecharam em baixa nesta segunda-feira, 11, em meio ao receio do mercado com o avanço da covid-19, que segue batendo recordes no continente. Além disso, a tensão política nos Estados Unidos leva a uma maior cautela, inclusive pela incerteza sobre novos estímulos à economia. As companhias aéreas, que tem seu desempenho especialmente ligado à mobilidade, restrita por conta das medidas de contenção ao vírus, tiveram algumas das principais quedas da sessão.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,67%, a 408,41 pontos.

A covid-19 segue avançando na Europa, com recordes de casos e mortos diários registrados, ofuscando as expectativas pela vacinação. Em Portugal, o país registrou no último boletim diário 122 mortos, o maior número desde o começo da pandemia.

A Bolsa de Lisboa teve o maior recuo dentre as principais europeias, com o PSI20 caindo 2,05%, a 5.137,93 pontos. As ações do banco BCP Millenium tiveram parte importante no resultado, em baixa de 6,14%.

Na Alemanha, o país ultrapassou a marca dos 40 mil mortos pela covid-19, e a chanceler Angela Merkel avalia que a fase mais difícil ainda pode estar por chegar.

Na Espanha, às restrições de mobilidade em razão da covid-19 somam-se as dificuldades causadas pela maior nevasca que o país enfrenta em décadas, que impôs limitações a grande parte do território.

Em Madri, o IBEX 35 fechou em baixa de 0,60%, a 8.357,50 pontos.

Na Itália, o FTSE MIB fechou em baixa de 0,32%, a 22.722,01 pontos.

As incertezas na política dos EUA também pesam, em meio à abertura de um processo de impeachment contra Donald Trump. Os esforços dificultam a aprovação de estímulos fiscais, e colocam dúvidas sobre a capacidade de Joe Biden de conseguir apoio para os pacotes em seu governo.

As companhias aéreas tiveram algumas das principais baixas, em meio à cautela dos mercados. A Lufthansa caiu 2,87%,e influenciou em Frankfurt para o DAX a fechar em baixa de 0,80%, a 13.936,66 pontos. IAG, que controla a Iberia e a British Airways, teve baixa de 2,49%, junto à Ryanair (-1,12%) que pressionaram o FTSE em Londres a fechar em baixa de 1,09%, a 6.798,48 pontos.

Em Paris, o CAC 40 fechou em baixa de 0,78%, a 5.662,43 pontos – Air France-KLM teve um dos principais recuos, a 1,52%.

No campo das farmacêuticas, a francesa Sanofi teve alta de 0,55%, em meio a notícias sobre a aquisição da companhia Kymab. Já a alemã BioNtech teve alta de 6,87% com o anúncio de que produzirá junto à Pfizer 2 bilhões de doses da vacina contra a covid-19 em 2021.