As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quinta-feira, 18, em meio aos renovados temores de que uma segunda onda de casos de coronavírus possa atrasar a recuperação da economia global. No dia em que o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou decisão de ampliar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), o índice intercontinental Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,71%, a 363,41 pontos.

O BoE decidiu manter a taxa básica de juros em 0,1%, mas aumentou o volume de compra de ativos em 100 bilhões de libras, a 750 bilhões de libras. O presidente da autoridade monetária, Andrew Bailey, disse que há sinais de que a economia britânica está começando a se recuperar, mas ponderou que os números no mercado de trabalho ainda são negativos.

Nesse cenário, o índice FTSE 100, de Londres, recuou 0,47%, a 6.224,07 pontos. De acordo com o Morgan Stanley, a ata do encontro “indica que os riscos ainda apontam para piora, com preocupações sobre o ritmo da recuperação econômica”.

Na Bolsa de Paris, o CAC 40 perdeu 0,75%, a 4.958,75 pontos, enquanto, em Milão, o FTSE MIB caiu 0,51%, a 19.485,76 pontos. Continuaram a repercutir nos negócios europeus os números da pandemia, que mostram uma possível segunda onda de casos em estados americanos e em Pequim. Um dia após a capital chinesa cancelar mais de mil voos por conta do ressurgimento da doença, nos Estados Unidos, Texas teve recorde diário no volume de internações, enquanto Arizona e Flórida também observam quadro preocupante.

Em Frankfurt, o DAX cedeu 0,81%, a 12.281,53 pontos. Em discurso no Parlamento alemão, a chanceler Angela Merkel disse que um acordo sobre o Fundo de Recuperação de 750 bilhões proposto pela Comissão Europeia não deve sair na reunião de amanhã e defendeu a unidade do bloco em meio à crise provocada pelo coronavírus.

Em Madri, o Ibex 35 caiu 1,18%, a 7.390,24 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,50%, a 4.428,24 pontos.