As bolsas de Nova York abriram em alta, apoiadas pelo reforço do compromisso do Banco Central Europeu (BCE) em apoiar a economia da zona do euro. Ao longo do dia, porém, o quadro piorou, com dados econômicos fracos e o impasse sobre novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, com fechamento negativo hoje do mercado acionário.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,45%, a 27.534,58 pontos, o S&P 500 caiu 1,76%, a 3.339,19 pontos, e o Nasdaq recuou 1,99%, a 10.919,59 pontos.

Mais uma vez, ações do setor de tecnologia estiveram entre as mais penalizadas. Apple recuou 3,26%, Microsoft cedeu 2,80% e IBM, 1,39%.

O setor que mais caiu, porém, foi o de energia, em dia de baixas do petróleo, com ExxonMobil em queda de 2,50% e ConocoPhillips, de 4,47%. Entre outros papéis importantes, Boeing fechou em baixa de 1,92% e, entre os bancos, Goldman Sachs perdeu 1,09% e Citigroup, 0,88%.

Na agenda de indicadores, os novos pedidos de auxílio-desemprego ficaram estáveis em 884 mil na semana, ante previsão de 850 mil dos analistas, em mais uma mostra da dificuldade na retomada do mercado de trabalho.

A Oxford Economics comenta em relatório que os EUA ganhavam fôlego em agosto, mas a consultoria diz que o desemprego ainda alto e o impasse no Congresso sobre o “urgentemente necessário apoio fiscal” lançam dúvidas sobre a velocidade e a durabilidade da retomada.

Na tarde desta quinta, o Senado americano não aprovou um pacote fiscal defendido pelos governistas republicanos. A oposição argumenta que a medida era insuficiente e cobra apoio mais robusto, mas a imprensa americana comenta que, nesse impasse, diminui a chance de qualquer novo pacote fiscal antes da eleição de novembro.