Os mercados acionários de Nova York tiveram pregão volátil nesta terça-feira, 3, alternando entre perdas e ganhos. No final, o sinal positivo prevaleceu, com os setores de energia e financeiro liderando os ganhos, enquanto o de tecnologia ficou perto da estabilidade, com alta modesta. As bolsas ganharam algum impulso pela manhã, com dados dos Estados Unidos, enquanto investidores também se preparavam para a decisão da quarta-feira, 4, do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,20%, em 33.128,79 pontos, o S&P 500 subiu 0,48%, a 4.175,48 pontos, e o Nasdaq avançou 0,22%, a 12.563,76 pontos.

Na agenda de indicadores, as encomendas à indústria dos EUA tiveram crescimento de 2,2% em março ante fevereiro, acima da previsão de ganho de 1,0% dos analistas.

O relatório Jolts, por sua vez, mostrou que a abertura de postos de trabalho avançou a 11,549 milhões em março, na máxima da série histórica iniciada em dezembro de 2000.

O ANZ comentou em relatório que o mercado de trabalho do país “continua extremamente apertado” e disse que um foco importante do Fed será buscar realinhar oferta e demanda nele, para ajudar a conter a inflação.

Há expectativa quase consensual entre investidores e analistas de que o BC americano elevará os juros em 50 pontos-base, nesta quarta-feira. O movimento para cima das taxas tende a beneficiar bancos, que se saíram bem nesta terça. A ação do Citigroup subiu 2,85%, JPMorgan ganhou 2,14% e Bank of America, 2,74%. Morgan Stanley teve alta de 1,37%, mesmo após a notícia de que escritórios do banco eram alvo de buscas nesta terça na Alemanha, em uma investigação sobre potencial fraude – o Morgan disse que colabora com as autoridades locais e que o caso é antigo.

O setor de energia também esteve entre os destaques, mesmo com a queda do petróleo, com Chevron em alta de 1,72% e ExxonMobil, de 2,06%.

Entre outros papéis importantes, Boeing subiu 3,34% e Apple, 0,96%. Por outro lado, Amazon recuou 0,20%, Microsoft perdeu 0,95% e IBM, 0,39%.