As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 20, em um dia marcado por notícias positivas a respeito das pesquisas para o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus. Três frentes de estudos divulgaram hoje dados preliminares que sugerem que a indução de uma resposta imunológica contra a doença é possível.

O índice Dow Jones encerrou com ganho de 0,03%, a 26.680,87 pontos. O S&P 500 avançou 0,84%, a 3.251,84 pontos. O Nasdaq se valorizou 2,51%, a 10.767,09 pontos. As ações de tecnologia, em geral, tiveram bom desempenho, mas o papel da Amazon se destacou (+7,93%), após um analista do Goldman Sachs elevar o preço-alvo dos papéis de US$ 3.000 por ação para US$ 3.800 por ação.

Investidores acompanharam de perto os resultados de testes para desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19. Logo pela manhã, a Pfizer e a BioNTech informaram que seus estudos iniciais tiveram dados promissores. Já a Universidade de Oxford e a farmacêutica anglo-sueca AstroZeneca reveleram que os mais de mil participantes da etapa inicial de suas pesquisas desenvolveram anticorpos neutralizantes. Já o projeto da chinesa Casino Biologics também disse que os 500 voluntários tiveram resposta imune.

Apesar disso, os papeis de farmacêuticas tiveram desempenhos mistos nas bolsas de Nova York. A ação da Pfizer subiu 0,70%, enquanto os American Depositary Receipts (ADRs) da BioNTech avançaram 3,46%. Por outro lado, os ADRs da AstroZeneca recuaram 3,96%. Já a ação da Moderna despencou 12,83%, após ter sido rebaixada pelo JPMorgan em meio a dúvidas sobre o real valor.

Segundo o analista de mercados financeiros da Oanda, Edward Moya, os negócios se mostram sensíveis a notícias sobre medidas de governo para estimular a economia. “Esta semana será toda sobre estímulo fiscal e parece que a União Europeia fará seu acordo, enquanto republicanos e Casa Branca concordam com uma proposta de US$ 1 trilhão que limitará o financiamento para testes de vírus”, explica.

Na Europa, segundo reportagem da Bloomberg, após um final de semana de intensas negociações, os líderes europeus devem receber uma nova proposta para o Fundo de Recuperação. Pelo novo texto, o volume de subsídios diretos será reduzido a 390 bilhões de euros, um aceno para Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia, que defendem que a maior parte do projeto seja constituída por empréstimos.

Já em Washington, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, se reunirá amanhã com lideranças democratas no Congresso americano para discutir a nova rodada de estímulos. Segundo ele, a nova legislação será focada em criação de empregos, desenvolvimento de uma vacina e recursos para escolas.