As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, com recordes em dois dos principais índices acionários americanos, em meio ao apetite por risco que prevaleceu no exterior e puxadas por ações de montadoras. Essas empresas foram beneficiadas pelo anúncio do governo Biden de uma meta para a fabricação de veículos elétricos.

O Dow Jones subiu 0,78%, a 35.064,25 pontos, o S&P 500 avançou 0,60%, ao recorde de 4.429,10 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,78%, à máxima histórica de 14.895,12 pontos.

“As ações dos EUA estão pairando perto de recordes históricos, com a reabertura do mercado retornando à medida que a vacinação contra covid-19 continua a melhorar e após dados semanais sólidos de pedidos de auxílio desemprego”, diz o analista de mercado Edward Moya, da Oanda.

No S&P 500, o subíndice do setor de energia liderou os ganhos (+1,28%), em dia de alta do barril do petróleo. As ações das petroleiras Chevron e ExxonMobil avançaram 0,93% e 0,63%.

Os papéis da General Motors (GM), por sua vez, subiram 3,26% e os da Ford tiveram ganho de 2,93%. Nesta quinta, a Casa Branca anunciou uma meta para que 50% do total de veículos vendidos nos EUA sejam elétricos até 2030. O presidente americano, Joe Biden, disse que o país precisa tomar a dianteira na transição energética da indústria automobilística.

Moya, da Oanda, ressalta que as ações das montadoras foram impulsionadas em geral pelo anúncio da Casa Branca, mas pondera que as novas diretrizes podem pesar sobre alguns fabricantes. “Os veículos elétricos para as massas devem entusiasmar os acionistas da Tesla, NIO, XPeng e Lucid Motor”, exemplifica o analista. Nesta quinta, Tesla subiu 0,52%.

A farmacêutica Moderna, por sua vez, registrou baixa de 0,67%, apesar de ter divulgado um balanço trimestral considerado positivo. A empresa reverteu o prejuízo de um ano atrás e teve lucro líquido de US$ 2,8 bilhões no segundo trimestre.

No geral, havia expectativa pela divulgação do relatório de empregos (payroll) de julho dos EUA, que será divulgado na sexta-feira e pode influenciar os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A mediana das estimativas de 26 analistas consultados pelo Projeções Broadcast indica criação de 900 mil vagas.