As bolsas de Nova York reverteram os ganhos obtidos durante o pregão e fecharam sem direção única, após a Califórnia anunciar restrições em atividades, em meio ao avanço da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos. Antes disso, havia otimismo no mercado com avanços em medicamentos e potenciais vacinas para a doença.

O índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,04%, a 26.085,80 pontos, o S&P 500 recuou 0,94%, a 3.155,22 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,13%%, a 10.390,84, depois de ter renovado máxima histórica intraday durante a sessão.

Com o crescente aumento de novos casos de coronavírus, a Califórnia vai fechar operações internas em estabelecimentos como bares e restaurantes, informou o governador do Estado, Gavin Newsom. A notícia desencadeou uma reversão no sentimento do mercado acionário americano, que já apresentava alguma instabilidade, mas operava impulsionado pelo otimismo dos investidores.

As ações, principalmente de tecnologia, eram beneficiadas por informações de que duas das vacinas para covid-19 que estão sendo desenvolvidas pela Pfizer e pela BioNTech receberam status de “fast track” de reguladores nos EUA, o que significa que o processo de revisão será mais rápido. Além disso, a companhia americana Biosig Technologies havia anunciado que testará o antiviral merimepodib em pacientes com coronavírus.

No S&P 500, os subíndices dos setores de tecnologia e de serviços de comunicação registraram as maiores perdas, de 2,12% e 1,97%, respectivamente. As ações da Amazon caíram 3,00%, as da Microsoft cederam 3,09% e as do Facebook recuaram 2,48%. Os papéis da Apple, por sua vez, registraram queda de 0,46%, em meio a relatos de que a companhia não espera que sua equipe retorne totalmente aos escritórios antes do fim do ano.

As ações da farmacêutica Moderna, por outro lado, subiram 14,65%, após a informação de que a empresa passará a integrar o índice acionário Nasdaq 100. Além disso, um analista do banco de investimento Jefferies disse esperar que a potencial vacina para covid-19 da Moderna receba aprovação de reguladores americanos.

Em uma semana com decisões de política monetária e divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre, os investidores também estão na expectativa pelos balanços corporativos do setor bancário dos EUA. Para o analista Ian Lyngen, do BMO Capital Markets, o mercado olhará o volume de provisões dos grandes bancos para perdas com empréstimos. “As perspectivas para o segundo semestre serão potencialmente mais relevantes na definição do tom das negociações nos mercados”, comenta em um relatório de mercado.

*Com informações da Dow Jones Newswires