As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta quarta-feira, pressionadas por temores renovados com a disseminação do coronavírus e por um novo desdobramento das crescentes tensões entre EUA e China.

No mundo, a covid-19 já infectou quase 15 milhões de pessoas, causando mais de 600 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

A situação é particularmente preocupante nos EUA, que nas últimas semanas vem atingindo recordes de casos e mortes. Ontem, o presidente Donald Trump alertou que a pandemia nos EUA “ficará pior antes de melhorar”.

As rixas entre EUA e China também voltaram com força ao radar hoje após Washington ordenar o fechamento do consulado chinês em Houston (Texas), com o objetivo de “proteger propriedade intelectual americana e informações privadas de americanos”. O governo chinês classificou a atitude de “ultrajante” e prometeu retaliar se a decisão não for revertida.

Nos meses recentes, americanos e chineses se desentenderam não apenas pela forma como a China lidou com a pandemia de coronavírus, como pela imposição por Pequim de uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong e por supostas violações de direitos humanos na região chinesa de Xinjiang.

Às 7h21 (de Brasília), a bolsa de Londres caía 0,95%, a de Frankfurt recuava 0,44% e a de Paris se desvalorizava 1,28%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os respectivos índices acionários tinham perdas de 0,72%, 1,39% e 0,39%. No mercado de câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1577, de US$ 1,1529 no fim da tarde de ontem, mas a libra recuava a US$ 1,2675, de US$ 1,2738 ontem.

No noticiário corporativo, destaque para a companhia elétrica espanhola Iberdrola, que ampliou lucro mas teve queda na receita do primeiro semestre do ano. Sua ação caía 1,3% em Madri. Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press.