As bolsas europeias operam em alta desde a abertura dos negócios desta segunda-feira, à medida que as atenções começam a se voltar para a nova temporada de balanços corporativos americanos e apesar do avanço do coronavírus pelo mundo, particularmente nos EUA.

Investidores da Europa e de outras partes do mundo vão ficar atentos nesta semana a balanços dos EUA referentes ao segundo trimestre, incluindo os de alguns dos maiores bancos do país. É possível que as empresas americanas surpreendam positivamente, uma vez que indicadores da maior economia do mundo têm superado as expectativas, sugerindo uma retomada mais rápida do que se imaginava dos efeitos do coronavírus.

A covid-19, no entanto, continua se alastrando. Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) relatou mais um recorde global de casos confirmados de coronavírus num período de 24 horas, de mais de 230 mil. A situação é particularmente preocupante nos EUA. Apenas a Flórida registrou mais de 15 mil novas infecções, o maior total diário de qualquer estado americano desde que a pandemia chegou ao pais.

As tensas relações entre EUA e China também permanecem no radar. No fim da madrugada, a Bloomberg noticiou que o governo chinês vai impor sanções a quatro autoridades dos EUA, incluindo os senadores republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, num gesto simbólico de retaliação contra legislação americana que tem o objetivo de punir Pequim por supostas violações de direitos humanos na região de Xinjiang. A notícia pesou nas bolsas europeias, que reduziram ganhos.

Em dia de agenda esvaziada, o único destaque desta segunda é a participação do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês), Andrew Bailey, em webinar sobre a Libor, junto com o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em Nova York, John Williams.

Às 6h46 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,96%, a de Frankfurt avançava 0,90% e a de Paris se valorizava 0,70%. Já em Milão e Madri, os ganhos eram de 0,13% e 0,84%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,06%.

No câmbio, o euro subia a US$ 1,1314, de US$ 1,1303 no fim da tarde de sexta-feira (10), enquanto a libra se enfraquecia a US$ 1,2603, de US$ 1,2631 na sexta.