O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na noite desta quarta-feira, 5, que nunca se omitiu no combate à covid-19 e fez afagos à China, primeiro país a sofrer com a pandemia. “Eu sempre respeitei o vírus. Sempre desafiei a mídia a mostrar um áudio ou vídeo meu dizendo que era uma gripezinha”, afirmou, em entrevista concedida no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

O presidente foi ao Rio à tarde para encontrar o governador Cláudio Castro (PSC) e antes de embarcar de volta para Brasília encontrou-se com Robson Nascimento de Oliveira, libertado após dois anos preso na Rússia. Ele foi para aquele país como motorista do jogador de futebol Fernando e acabou preso ao transportar, a pedido do patrão, um medicamento que é legal no Brasil e proibido na Rússia. Com a intervenção do governo brasileiro, Oliveira foi libertado no último domingo, 2.

Ao atender a imprensa, o presidente discorreu sobre a covid-19: “Eu dizia que pra mim era uma gripezinha. Pra mim, pelo meu passado de atleta”. Bolsonaro afirmou: “Estamos fazendo a coisa certa. Nunca nos omitimos”.

Bolsonaro negou que, em declarações dadas na manhã desta quarta-feira, tenha feito acusação de que a China esteja engajada numa guerra bacteriológica. “Eu falei a palavra China hoje de manhã? Não falei. Eu sei o que é guerra bacteriológica, química, nuclear. Eu sei porque tenho informação, e só falei isso, mais nada”, declarou.

Em seguida o presidente lançou um desafio sobre origem do coronavírus: “Ninguém fala, vocês da imprensa não falam onde nasceu o vírus. Falem, ou estão temendo alguma coisa?”

Depois, repetiu o afago ao principal parceiro comercial do Brasil: “Eu não falei a palavra China. Muita maldade tentar aí um atrito com um país que é muito importante pra nós e nós somos importantes pra eles também”.