O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira, 15, que os recursos em socorro a moradores de cidades atingidas por enchentes na Bahia devem ser liberados em, no máximo, cinco dias úteis.

A informação foi dada durante discurso feito em encontro com empresários na sede da Fiesp, num momento em que Bolsonaro tentou se defender de críticas recebidas pela demora no apoio às vítimas.

“Outro dia, alguém levantou a placa Estamos há três anos sem roubar. Não é virtude, é obrigação, mas dá trabalho. Ser chefe de Executivo não é fácil, a porrada vem de todo lugar”, disse Bolsonaro para, na sequência, falar da situação de regiões inundadas pelas chuvas.

A Caixa vai liberar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade em regiões da Bahia e Minas Gerais atingidas pelas enchentes. Porém, para isso ser possível, é preciso que os municípios decretem estado de calamidade e o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheça tal situação por meio de portaria.

Após reclamar das dificuldades de governar, Bolsonaro afirmou que o que mais o conforta é saber que não tem um comunista sentado em seu lugar no Palácio do Planalto. Numa clara referência ao ex-presidente Lula, seu adversário na busca por reeleição em 2022, a declaração arrancou alguns aplausos do público que acompanhou o discurso na Fiesp.

O presidente reafirmou, durante o evento, a sua posição contrária às medidas de isolamento adoradas por governos estaduais e prefeituras na pandemia. “Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado a ser contra o povo ficar em casa e ver a economia depois.”