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Fonte: Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISA)

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AGRICULTURA

Com 30,3 milhões de hectares cultivados em 2011, o Brasil obteve pelo terceiro ano consecutivo o maior crescimento em área, entre os países produtores de culturas geneticamente modificadas (GM) ou transgênicas. No ano passado, o aumento das áreas cultivadas com soja, milho e algodão foi de 19,3%. Em seguida vem o Canadá, com crescimento de 18,2%; a Índia, com 12,7%; e a China, com 11,4%. No total, os transgênicos ocuparam 160 milhões de hectares no mundo, em 2011, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.

PRODUÇÃO

Menos leite no mercado

O Índice de Captação de Leite (Icap-Leite/Cepea), uma amostragem realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que a captação de leite nos sete principais Estados produtores do País diminuiu 2,2% em 2011, ante 2010. Os dados da amostragem são das cooperativas e laticínios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. As maiores reduções na produção de leite aconteceram em Goiás e São Paulo. No entanto, nem todas as notícias são ruins. O Paraná e a Bahia registraram aumento da produção, ainda que pequeno.

 

FINANCIAMENTO

Dinheiro na praça

Nos primeiros trinta dias de 2012, o Funcafé liberou R$ 57 milhões para financiamentos de estocagem e custeio da safra. Para estocagem, foram liberados R$ 10 milhões, totalizando R$ 466 milhões autorizados desde junho de 2011. As operações para esta linha se encerraram no dia 31 de janeiro. Para o custeio, foram destinados R$ 47 milhões e totalizam, desde outubro de 2011, R$ 468 milhões.

 

PROJETO DE LEI

Para o campo

Está em análise na Câmara dos Deputados uma proposta para os estatutos da Microempresa Rural e da Empresa Rural de Pequeno Porte. Segundo o Projeto de Lei Complementar 103/1, uma pessoa jurídica será enquadrada como microempresa rural se tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 110 mil. Para pequeno porte, é preciso ter receita bruta igual ou inferior a R$ 1,2 milhão por ano.

 

NORMA

Azeite no padrão

O Mapa publicou em fevereiro a Instrução Normativa nº 1, em que define padrões de classificação do azeite de oliva e do óleo do bagaço de oliva. Com a norma, os produtos importados serão enquadrados em cinco grupos: azeite de oliva, azeite de oliva virgem, azeite de oliva refinado, óleo de bagaço de oliva e óleo de bagaço de oliva refinado. Além disso, os produtos serão especificados por tipo, como o azeite de oliva extravirgem e o lampante, um produto de qualidade inferior, com destinação não permitida diretamente à alimentação humana.

MERCADO

O suco da GlobalBev

A GlobalBev, empresa que produz, importa e distribui bebidas e alimentos, lançou a linha de sucos Fast Fruit, nos sabores pêssego, manga, goiaba e uva. Para produzir os sucos, a GlobalBev recebe frutas de produtores da Amazônia e da Zona da Mata mineira, como manga, goiaba e mamão, e as processa em duas fábricas, em Visconde do Rio Branco, no interior de Minas Gerais, onde está localizada sua sede, e em Belém do Pará.

 

COMÉRCIO

Ourofino em Xangai

A brasileira Ourofino Agronegócio, empresa de saúde animal com sede em Cravinhos, no interior de São Paulo, está abrindo um escritório no Eton Building, em Xangai, na China. Segundo o presidente da unidade de negócios agrícolas do grupo, Jurandir Paccini, a presença naquele país levará a Ourofino a uma relação mais intensa com seus fornecedores, principalmente no controle da qualidade da matéria-prima comprada. Atualmente, 75% das importações realizadas pela empresa são da China.

 

 

CLIMA

Grão em queda

A safra de grãos 2011-2012 deve ficar em 157 milhões de toneladas, com redução de 3,5% – ou 5,7 milhões de toneladas a menos se comparada à safra anterior, de 162,9 milhões de toneladas. O balanço faz parte do quinto levantamento de safra da Conab, de fevereiro. A queda é atribuída à seca que atingiu o Sul. O milho e a soja, com maior peso na queda, representam 83% da safra.

 

SAÚDE ANIMAL

Três em um

A multinacional americana MSD formou uma joint venture com a Supera, empresa criada em 2011 pelos laboratórios nacionais Eurofarma e Cristália. A nova companhia, a Supera RX, tem um portfólio com 30 medicamentos e deverá incorporar, no médio prazo, produtos das três farmacêuticas. A RX absorverá boa parte dos produtos em desenvolvimento nas suas controladoras.

 

BRFOODS

Casamento chinês

A BRFoods e a Dah Chong Hong – DCH, distribuidora de automóveis, alimentos e produtos de consumo da China, oficializaram em fevereiro a criação de uma joint venture. As conversações entre as empresas começaram em maio do ano passado. O primeiro embarque de carne suína – sobrepaleta suína congelada sem osso – foi feito na primeira semana deste mês. A companhia brasileira irá fornecer produtos industrializados, processar carnes em unidades locais, desenvolver a marca Sadia e atuar nos canais de varejo e food service na China Continental, Hong Kong e Macau.

 

FRIGORÍFICO

Pagando dívidas

O grupo frigorífico Minerva, de Barretos (SP), emitiu US$ 350 milhões em títulos no mercado internacional, por meio de sua subsidiária Minerva Luxembourg S/A. O vencimento será em 2022 e a partir de agosto, a cada semestre, serão pagos bônus de 12,25% ao ano. Os recursos obtidos com os títulos serão destinados ao pagamento e amortização de dívidas de curto e médio prazo. No último resultado financeiro divulgado pelo Minerva, referente ao terceiro trimestre de 2011, as dívidas de curto prazo estavam em R$ 503 milhões.

AGENDA RIO+20

Pegada animal

No fim de 2011, a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA na sigla em inglês) lançou uma campanha na internet. A WSPA pede que os internautas assinem uma carta propondo aos organizadores da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho, no Rio de Janeiro, a inclusão do tema bem-estar animal na agenda. Até o fim de fevereiro, cerca de 16 mil pessoas haviam aderido ao movimento.

 

CACAU

Enfim, certificado

Após dez anos de pesquisas, o biofungicida Tricovab, que combate o fungo da vassoura-debruxa nas lavouras de cacau, foi certificado pelo Ministério da Agricultura. O produto é da Comissão Executiva de Plano de Lavoura Cacaueira (Ceplac).

 

SEMENTES

Adeus, pragas

A FMC, empresa norteamericana que fabrica defensivos agrícolas, vai lançar em novembro um inseticida chamado Rocks. O produto protege o milho e a soja de pragas sugadoras, como os percevejos, e de pragas mastigadoras, como as larvas. As pragas podem provocar queda de produtividade em torno de 45% na oleagionosa e de 38% no milho.

 

MERCADO EXTERNO

Principais clientes

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou no mês passado o resultado da Balança Comercial do Agronegócio. Os números de janeiro de 2012 mostram que o principal parceiro comercial do País foi a China, com US$ 388,8 milhões em exportações. Esse volume representa 8% do total exportado pelo setor. O levantamento mostra um crescimento das vendas, em relação a janeiro de 2011, da ordem de 51,6% para o país asiático. Em seguida, como maiores importadores de produtos agrícolas brasileiros estão Estados Unidos, Países Baixos e Alemanha.

 

TERRA À VISTA

Guilherme Romanini, diretor do Grupo Biosoja, de São Joaquim da Barra (SP), foi eleito presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). Até o fim do próximo ano, o novo presidente estará à frente da entidade, que reúne 60 empresas em dez Estados, responsáveis por mais de 60% do mercado da nutrição vegetal no Brasil.

Qual o principal gargalo do setor? Os gargalos do segmento estão na nossa dependência de importação de insumos, na falta de infraestrutura de transporte e logística e nas poucas pesquisas, além das linhas de crédito. O Brasil é um grande gerador de subprodutos ricos em nutrientes que estão sendo destinados para gerar energia, jogados em aterros ou aplicados de forma inadequada ao solo.

Como o sr. avalia a demanda do País por adubo e fertilizante? Nos próximos anos, o mercado de fertilizantes seguirá aquecido. O Brasil tem condições de se consolidar como um grande fornecedor de alimentos para o mundo. Por isso, necessita de uma agricultura mais técnica e produtiva. Em 2011, o País consumiu mais de 28 milhões de toneladas desses insumos, um aumento de 15%, se comparado a 2010.

É possível prever crescimento também para as empresas do setor? O Brasil importa mais de 70% dos insumos agrícolas de que necessita. O crescimento da demanda interna abre uma oportunidade para as empresas se especializarem, por exemplo, em insumos dotados de vantagens agronômicas que proporcionem ganho ambiental.

Qual a prioridade da Abisolo para este ano? Temos uma demanda imediata e vamos apostar em ações junto ao governo para que haja uma desoneração do setor relativo a três impostos: PIS, Cofins e ICMS. Nossa primeira conversa será com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Vamos também contratar mais profissionais e investir em capacitação, com o objetivo de suprir as demandas do setor.