São Paulo, 19 – O BTG Pactual reforçou nesta quarta-feira, 19, em relatório a compra de ações da São Martinho, após a companhia sucroenergética assinar protocolo de intenções para a construção de uma usina de etanol de milho anexa à usina de Quirinópolis (GO). A instituição financeira projetou preço-alvo em 12 meses de R$ 24 ou US$ 6,22 para os papéis da companhia negociados na B3.

A companhia espera investir R$ 350 milhões na usina anexa à planta processadora de cana no município goiano, valor que dependerá da aprovação de incentivos do governo local. A produção anual estimada é de 200 milhões de litros de etanol e 140 mil toneladas de DDG, farelo de milho utilizado como ração animal.

De acordo com o relatório, assinado por Thiago Duarte e Pedro Soares, o anúncio surge no momento em que investidores começaram a se perguntar o que a São Martinho faria com a geração de um fluxo de caixa livre entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões ao ano, no momento em que o ciclo de desalavancagem está quase concluído. “Agora, parece que parte desse dinheiro extra será utilizado para o crescimento”, destacaram os analistas, citando que, mesmo assim, a empresa continuará com baixo endividamento.

O capex estimado por Duarte e Soares para a usina deve ser inferior a 0,2 vez o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Cálculos dos analistas apontam “retornos atraentes” com um faturamento anual estimado em R$ 450 milhões, esperando que a usina estará em operação dentro de 2 a 3 anos. “Nossas pesquisas para projetos de etanol à base de milho de tamanho similar sugerem que uma margem EBITDA de 40% é altamente alcançável.”