São Paulo, 22 – A Bunge Limited disse nesta quarta-feira, 22, que concluiu a venda de sua operação internacional de comercialização de açúcar para a Wilmar Sugar, de Cingapura. Os termos financeiros do negócio não foram divulgados.

A Bunge tinha anunciado em fevereiro o fim das operações globais de açúcar. “É um negócio muito competitivo”, afirmou na época o CEO da companhia, Soren Schroder, acrescentando que a divisão enfrentou dificuldade em 2017 para gerar margens de lucro grandes o suficiente para cobrir seus custos operacionais. A unidade de açúcar e bioenergia da Bunge registrou prejuízo de US$ 14 milhões no ano passado.

A Bunge também vinha estudando opções para a Bunge Açúcar & Bionergia, seu negócio de açúcar no Brasil, e em maio protocolou pedido de registro de oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa. A Bunge vem preparando o negócio para operar como uma companhia independente e captou recursos para a unidade via emissão de dívida.

Com a venda da operação internacional de comercialização de açúcar e o IPO da Bunge Açúcar & Bionergia, a companhia pretende se concentrar nos segmentos de Agronegócios e Alimentos e Ingredientes. A decisão da empresa de seguir adiante ou não com o IPO vai depender das condições de mercado. Caso o plano seja executado, a Bunge será acionista majoritária da Bunge Açúcar & Bionergia.

Os ativos do negócio no Brasil incluem oito usinas localizadas no Sudeste, no Norte e no Centro-Oeste do País, com capacidade de moagem de 22 milhões toneladas de cana-de-açúcar por ano. Essas usinas têm flexibilidade para produzir um mix de etanol e açúcar e geram energia renovável a partir do bagaço de cana.