A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apresentou hoje na capital paulista a terceira edição do estudo que avalia a cadeia produtiva do algodão. A safra passada foi estimado que o setor movimentou R$ 135,4 bilhões. Já o produto interno bruto do algodão chegou em R$ 74,1 bilhão.

“Enfrentamos novamente o desafio de atualizar a quantificação da cadeia, analisar a atual conjuntura e trazer novidades sobre o que tem ocorrido nas indústrias fornecedoras de insumos, máquinas e equipamentos, nas fazendas produtoras de algodão, no comércio global de pluma, na indústria têxtil e de confecções e no varejo de artigos de vestuário”, diz Arlindo Moura, presidente da Abrapa.

No elo “antes da fazenda”, a área plantada, o nível de infestação de pragas e doenças, a capacidade de investimento dos produtores e os preços dos insumos, máquinas e equipamentos agrícolas são os principais influenciadores da movimentação financeira que contabilizou R$ 1,3 bilhão. No elo “na fazenda”, a área plantada, a produtividade e os preços da pluma e do caroço performaram um total de R$ 3,2 bilhões. É no elo “depois da fazenda” que está o grosso da cadeia de valor do algodão, com R$ 130,8 bilhões.

“A inclusão desse setor na estimativa da safra 2016/2017 explica a maior parte da diferença nos valores movimentados”, diz o pesquisador Marcos Fava Neves, da consultoria paulista Markestrat, que organizou o estudo. Com a nova metodologia, mais abrangente, o valor saltou diante dos números anteriores. Na safra 2010/2011, foram a movimentação foi avaliada em R$ 24,8 bilhões e na pesquisa da safra 2012/2013, o setor fechou em R$ 25,4 bilhões.