São Paulo, 08 – Uganda quer aumentar sua participação no mercado cafeeiro mundial, atingindo, até 2030, a produção de 20 milhões de sacas. Atualmente o segundo país no ranking africano de produção de café (o primeiro é a Etiópia), Uganda exportou na safra 2016/2017 um total de 4,2 milhões de sacas, desempenho 18% maior ante o ciclo anterior. Essas informações são destaque no Relatório Internacional de Tendências do Café, de 30 de novembro de 2017, divulgado em nota nesta sexta-feira pela Embrapa Café, com sede em Brasília (DF). Esta unidade da Embrapa coordena o Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, que divulgou os dados.

O relatório cita ainda que as exportações de café bateram recorde no ano cafeeiro de 2016/2017, com 122,45 milhões de sacas, incremento de 4,8% em relação à safra anterior. “Pode-se afirmar que o mundo nunca exportou tanto café como recentemente”, diz a Embrapa Café. Nesse contexto, porém, Brasil e Vietnã, os maiores produtores e exportadores do mundo, venderam menos para seus importadores de café, com quedas de 8,8% e 6,4%, respectivamente. Os demais grandes produtores apresentaram incrementos substanciais nas suas vendas. É o caso da Colômbia que cresceu 9,6%, Indonésia (81,3%), Honduras (41,8%), Índia (8,7%), Etiópia (13,1%), Guatemala (8,3%), Peru (8,2%), Uganda (38,9%) e México (20,7%). “Juntos, esses países exportaram 11,5 milhões de sacas a mais que no ano anterior”, comenta.