O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta quinta-feira, 16, que o câmbio é flutuante e que o BC não tem meta, mas que o órgão tem percebido nas últimas semanas aumento do fluxo de saída acentuado devido a questões sazonais, como a remessa de lucros e dividendos de empresas no fim do ano.

“Ontem tivemos fluxo grande de dividendos de uma estatal brasileira. Quando entendemos que tem fluxo pontual de saída, fazemos intervenção pontual”, disse, em menção ao leilão de dólar à vista realizado na quarta-feira.

Campos Neto ainda argumentou que a desvalorização cambial foi maior no Brasil em 2020 e que, neste ano, está em linha com os países pares. “Chile, Colômbia e Peru tem desvalorizações maiores em 2021.”

Questionado sobre as expectativas para 2022, com a eleição, Campos Neto disse que o BC avalia que grande parte do debate fiscal foi antecipado para este ano, com a PEC dos precatórios.

“Todos os riscos, incluindo fiscal, influenciam precificação do câmbio”, disse o presidente do BC. “Câmbio flutuante tem importância muito grande nos ajustes que são feitos”, completou.