Em vídeo divulgado pelas redes sociais, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim, conhecido como Chorão, orientou que os caminhoneiros não trabalhem hoje. No entanto, sem paralisar estradas e rodovias, como ocorrido na greve de 2018.

Na época, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que atualmente está no Ministério da Economia, calculou que a greve gerou impacto negativo de, aproximadamente, R$ 15,9 bilhões na atividade econômica nacional, ou 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB).

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Mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) postergando o julgamento sobre a tabela do frete, Chorão entende que o movimento será uma forma de mostrar a força da categoria à Justiça e ao governo federal.

A categoria tem se mobilizado desde segunda-feira. Na data, os caminhoneiros ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam) paralisaram o acesso ao Porto de Santos, mesmo com a Justiça impondo multa diária de R$ 200 mil para evitar o bloqueio.

Hoje, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também se manifestou favoravelmente ao ato dos condutores de caminhões.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, não há união total entre a categoria. E vários caminhoneiros pelo País alegam que não são representados por Chorão.

Por sua vez, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), representante de um dos setores mais afetados pela greve, não espera uma conciliação com os caminhoneiros em relação ao tabelamento de fretes, segundo informou o jornal Valor Econômico. Para a entidade, é importante que o STF julgue a pauta o mais rápido possível.