Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo afirmou que o governo estadual amazonense sempre defendeu a adoção de medidas não farmacológicas – como uso de máscaras e o distanciamento social – para o combate a covid-19.

De acordo com o ex-secretário, o plano de atendimento do Estado, antes do colapso no sistema de saúde, previa a adoção das medidas como única forma disponível para conter a crise sanitária. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) questionou se o plano foi seguido, tendo em vista o crescimento do número de casos no Estado, e atribuindo ao poder público a responsabilidade pelo colapso.

“O crescimento acontece porque o plano não funciona, não é ao contrário. A contaminação aumenta quando o poder público não tem competência para evitar que isso aconteça, não é um milagre que acontece no meio da selva”, afirmou o senador, que concluiu dizendo que a “infelizmente a única medida não farmacológica que funcionou no Amazonas foi cadeia mesmo”.