O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 19, que a agenda de sustentabilidade tem enormes desafios, mas também apresenta oportunidades.

Segundo ele, que participa da 5ª edição do Via Viva, Seminário Socioambiental em Infraestrutura de Transportes, organizado pelo Ministério da Infraestrutura sob o tema “Investimento Verde e Resiliência”, a questão ambiental e climática ganhou uma importância maior na pandemia e tem influenciado grandemente a agenda econômica.

“O Brasil tem uma importante riqueza ambiental e grande potencial para investimentos verdes”, disse o banqueiro central.

Campos Neto voltou a defender que o choque do clima na inflação é um fenômeno mundial, mas que pode exercer impactos de longo prazo sobre a formação dos preços. Segundo ele, o Brasil presenciou choques climáticos, com impactos nos preços dos alimentos e de energia.

O banqueiro central voltou a falar da importância que a questão climática tem para o BC que, não é de hoje, tem atuado na questão da sustentabilidade. Ele lembrou que o BC anunciou, recentemente, um conjunto de regras para análise de critérios ESG (práticas ambientais, sociais e de governança), que podem criar um funil extra para a obtenção de empréstimos para grandes projetos.

Ainda de acordo com Campos Neto, a agenda de sustentabilidade visa induzir o desenvolvimento de finanças verdes.