A broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) é a principal praga da cultura da cana no País. Mas uma variedade da planta, do complexo Saccharum, criou sua própria defesa contra os ataques do inseto, aponta estudo da Embrapa em parceria com instituições de pesquisa brasileiras e internacionais publicado na revista Industrial Crops & Products, vinculada à ScienceDirect.

Quando esta planta, da variedade SP791011, desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e atualmente de domínio público, é exposta ao ataque da broca-da-cana-de-açúcar, automaticamente é produzido um ácido clorogênico, que combate o inseto agressor.

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Segundo a Embrapa, as plantas que não foram submetidas às investidas da praga, mas da mesma variedade, não apresentaram “expressões elevadas do ácido”.

Segundo os pesquisadores, o ácido clorogênico pode ser considerado um biopesticida natural. Além disso, sua produção pode ser induzida para desenvolver outras variedades de cana-de-açúcar com maior resistência à broca-da-cana.

A Embrapa destaca que a substância também tem efeito nocivo a pragas de diversas culturas, como milho, café e tomate. O ácido clorogênico afeta o desenvolvimento desses insetos e neutraliza os prejuízos dos agricultores.