Chicago, 16/12 – A Tyson Foods, dos Estados Unidos, demitiu sete gerentes de sua unidade de processamento de carne suína de Waterloo, em Iowa, após investigar alegações de que eles fizeram apostas no número de trabalhadores da planta que seriam infectados com o novo coronavírus.

A Tyson anunciou a investigação em novembro, após denúncias feitas em uma ação judicial movida pela família de um ex-funcionário da unidade, que morreu em abril após contrair a doença. Segundo a denúncia, gerentes organizaram uma aposta sobre quantos trabalhadores contrairiam o novo coronavírus, e pressionaram funcionários doentes a permanecer no trabalho. A ação busca responsabilizar a Tyson, bem como vários executivos e gerentes da fábrica de Waterloo, pela morte de Isidro Fernandez.

Depois que as alegações vieram à tona, a Tyson disse que suspendeu alguns gerentes sem pagamento e contratou o escritório de advocacia Covington & Burling para investigar o caso.

“Os comportamentos exibidos por essas pessoas não representam os valores essenciais da Tyson, e é por isso que tomamos medidas imediatas e apropriadas para descobrir a verdade”, disse o CEO da companhia, Dean Banks. Um porta-voz da empresa não revelou os nomes dos gerentes demitidos. Segundo ele, a investigação encontrou provas suficientes para justificar a demissão dos envolvidos.

A empresa disse que vai criar um grupo de trabalho de líderes comunitários locais em resposta ao episódio de Iowa, e buscar novas maneiras de ouvir as preocupações dos trabalhadores.

A unidade de Waterloo é a maior planta de processamento de carne suína da Tyson, com capacidade diária de abate de 20 mil animais. A Tyson disse em 22 de abril que a unidade seria fechada temporariamente, após casos de covid-19 entre os funcionários. Fonte: Dow Jones Newswires.