São Paulo, 10/10 – A exportação brasileira de café caiu 12,9% em setembro ante agosto, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Foram embarcadas para o exterior 2,299 milhões de sacas de 60 quilos, o que gerou uma receita de US$ 381,4 milhões. No acumulado dos nove meses do ano o desempenho também é negativo, com queda de 10,2%, ou 21,9 milhões de sacas exportadas.

“Em contrapartida, a receita cambial teve um leve aumento de 1,1%, atingindo US$ 3,7 bilhões”, disse o Cecafé em nota. Do total embarcado no ano 87,5% foi de café arábica (19.146.674 sacas), 11,5% de solúvel (2.514.280 sacas) e 0,9% de robusta (190.783 sacas). O preço médio do café brasileiro exportado neste ano foi de US$ 170,66 a saca, aumento de 12,6% na comparação com o mesmo período em 2016, quando a média foi de US$ 151,53.

Na comparação com as exportações de setembro do ano passado, os embarques caíram 25% no mês passado. “Atribuímos a dois fatores esse movimento: reflexo da menor safra e a resistência dos produtores em vender o café. Com esse resultado, é muito instável prever qualquer movimento daqui pra frente; afinal, setembro sempre foi considerado um mês forte, com bons resultados”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Os Estados Unidos são os principais consumidores do café do Brasil, com 4.318.778 sacas neste ano, representando 19,7% de participação total. A Alemanha ocupa a segunda posição, com 3.800.869 sacas (17,4% do total).

Conforme o Cecafé, a Itália importou 2.017.927 sacas (9,2%), seguida do Japão, com 1.550.816 sacas (7,1%) e da Bélgica, com 1.258.825 sacas (5,8%). O conselho destacou o crescimento de 30,2% nos embarques de café para a Turquia (698.827 sacas) e de 7,7% para a Rússia (730.674 sacas).