São Paulo, 26 – A população ocupada no agronegócio manteve-se praticamente estável no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período de 2019. O total no período foi de 17,97 milhões de pessoas ocupadas no setor, leve recuo de 0,53% no período. Os dados fazem parte de pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Dessa forma, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro se manteve praticamente estável, passando de 19,66% para 19,48% entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020.

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Segundo pesquisadores do Cepea, o número de ocupados aumentou nos segmentos industriais (insumos e agroindústria), mas diminuiu no segmento primário e ficou estável nos agrosserviços. Há uma tendência de queda no número de ocupados no agronegócio, influenciada pelo segmento primário, que recuou 1,97% na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2019. Esse resultado “dentro da porteira” é reflexo da redução de 2,75% (143 mil pessoas) nas atividades agrícolas, uma vez que houve apenas ligeira queda de 0,61% (18 mil pessoas) nas atividades pecuárias.

Em relação ao nível médio de instrução, dados do Cepea mostram que houve redução do número de trabalhadores sem instrução ou com ensino fundamental (completo ou não) e aumento do número de trabalhadores com ensino médio ou superior (completo ou não).

Esses movimentos refletem, entre outros fatores, o processo de modernização da produção agropecuária, que impõe o aumento gradativo da mão de obra qualificada, e uma mudança na composição da mão de obra do setor, com elevações de representatividade das ocupações industriais e de serviços em comparação com as agropecuárias.

Quando analisadas a posição na ocupação e a categoria do emprego dos trabalhadores do agronegócio, entre os primeiros trimestres de 2019 e de 2020, houve aumento na formalização, com crescimento do número de empregos com carteira assinada e leve redução do número de empregos sem carteira assinada.