O ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, divulgou nesta quinta-feira, 20, que aproximadamente 680 mil servidores públicos – entre funcionários da União, dos Estados e municípios – receberam o auxílio emergencial irregularmente, de acordo com levantamento do órgão.

O benefício foi pago pelo governo federal para trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia de covid-19. O chefe da CGU calcula em R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões o total de recursos obtidos indevidamente. No caso dos servidores públicos federais, a CGU anunciou vai processá-los. Para quem devolveu o dinheiro, será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A informação foi dada por Rosário ao lado do presidente Jair Bolsonaro durante transmissão nas redes sociais. O ministro ponderou que, entre os benefícios irregulares, há quem teve o nome usado ilegalmente por outra pessoa. Bolsonaro, porém, disse acreditar que a maioria dos servidores que receberam o auxílio fez o pedido por conta própria.

“Número assustador, né? Apesar de ter nomes usados, com toda certeza a grande maioria não, (o servidor) entrou lá”, declarou Bolsonaro. De acordo com Rosário, já foram recuperados R$ 117 milhões de benefícios pagos irregularmente. Esse dinheiro, declarou, volta ao Tesouro Nacional para o pagamento dos benefícios regulares.