São Paulo, 25 – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta quinta-feira, 25, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em audiência pública no Senado, informa a entidade, em nota. “Na lei atual, os dados do CAR mostram um porcentual elevado de conservação em relação a outros países”, afirmou o consultor de Meio Ambiente da CNA, Rodrigo Justus.

A audiência pública foi requerida pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC) e debateu os dados do CAR e a preservação ambiental por produtores rurais. “O CAR foi criado no Código Florestal para que houvesse um controle georreferenciado e um controle sobre a dinâmica de uso do solo. Foi criado para atender aos interesses da conservação e também para garantir que o setor agropecuário continuasse desenvolvendo suas atividades”, disse Justus.

Também presente à audiência, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), lembrou a criação do Código Florestal, em 2012, e a ausência de dados na época. Segundo ele, é muito mais fácil hoje trabalhar o uso e a atribuição do solo no País com os dados do CAR. Já o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Luiz Moretti, reforçou que a agricultura “tem papel fundamental na manutenção das áreas de preservação no Brasil”. E acrescentou: “O País é competitivo e faz isso protegendo o meio ambiente”.

Alguns palestrantes defenderam ainda mais investimento em tecnologia para conservação do meio ambiente e o pagamento por serviços ambientais como alternativa para que o produtor mantenha os ativos ambientais na propriedade. “É necessário criar políticas adequadas para equilibrar produção e proteção ambiental, e remunerar o produtor pelo que ele preserva é uma forma”, disse o pesquisador do Imaflora, Luís Fernando Guedes.