Para diminuir os gastos durante o período de pandemia do novo coronavírus, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou a suspensão temporária do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) cobrado na importação de fertilizantes e defensivos.

O pedido foi enviado ontem (22) pelo presidente da entidade, João Martins, ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. O encaminhamento destaca que a crise gerada pela Covid-19 está influenciando a atividade agropecuária, dificultando a comercialização e encarecendo a produção.

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Uma das taxas do AFRMM é de 25% sobre navegações de longa distância, o que encarece o preço destes dois insumos, que representam de 30% a 50% dos custos de produção das atividades agrícolas.

No caso dos fertilizantes, por exemplo, das 35 milhões de toneladas utilizadas anualmente no país, 26 milhões são importadas.

O Brasil compra atualmente 70% de nitrogênio, 50% de fósforo e 90% de potássio que consome. O preço do fertilizante ainda segue a volatilidade da taxa de câmbio. Nos três primeiros meses de 2020, a cotação do dólar chegou ao patamar de R$ 5,20, impactando nas importações.

A CNA acredita que a suspensão do AFRMM, por 180 dias ou enquanto vigorar a definição da agropecuária como atividade essencial, contribuirá para minimizar os aumentos de custo de produção.