Berlim, 25 – Pelo menos 25% do cacau classificado como sustentável na África Ocidental não vem de plantações certificadas, estima Andre van den Beld, da consultoria Cocoanect. Durante a Conferência Mundial do Cacau, em Berlim, van den Beld explicou que a maior parte do cacau da região é registrada digitalmente apenas por intermediários, e não por produtores.

Isso torna mais fácil mascarar amêndoas convencionais que estejam misturadas a sustentáveis. Segundo ele, a rastreabilidade é um tópico sensível mas importante porque envolve controle de qualidade e questões de sustentabilidade.

O diretor de sustentabilidade da Cargill, Taco Terheijden, concorda que a rastreabilidade é necessária. “Precisamos ativar todos os participantes da cadeia de suprimentos para ver como podemos desenvolver um sistema que ofereça isso”, disse, acrescentando que a capacidade de rastrear a amêndoa até sua origem vai ajudar a garantir uma produção mais sustentável. “Podemos identificar o tamanho das propriedades, a idade das árvores, e isso vai ajudar em nossas estratégias e nas dos produtores.” Fonte: Dow Jones Newswires.