O encerramento da jornada digital do Agrishow Labs trouxe um bate papo com dois especialistas em conectividade no campo, que abordaram tanto os desafios, quanto as oportunidades.

“O grande desafio para conectar o campo no Brasil é a infraestrutura. O país é enorme, as fronteiras agrícolas são regiões desprovidas de infraestrutura. Há mais de 4 anos temos trabalhado neste projeto (4G no campo) e entender como conectar e aproximar as máquinas do agro”, disse Alexandre Dal Forno, líder do projeto 4G TIM no campo.

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O programa “Grandes Nomes do Agro” falou sobre o futuro da agricultura digital, que já faz parte da realidade do agronegócio em muitos casos.

Segundo ele, o 5G deve chegar no campo com o lançamento da tecnologia em junho no Brasil, apesar de não ser de forma imediata. Dal Forno disse que atualmente existem 4700 cidades com 4G atendendo muitos perfis dentro do universo do agronegócio.

“O caminho é grande, o 4G é uma tecnologia que tem ecossistema bastante avançado, máquinas que já vêm com essa tecnologia e pode ser a grande porta para a digitalização do agro. A maior dor da digitalização no ambiente rural não era a conectividade, mas a aproximação dos processos”, salientou o especialista da TIM.

Já Gregory Riordan, diretor de tecnologia da CNH Industrial e graduado em mecatrônica, em administração e com MBA em gestão de projetos, disse que a pressão do aumento populacional exige um aumento de produtividade, mas sem aumento de área, dada a sustentabilidade, e há ainda pressão sobre custos, insumos, óleo diesel e fertilizantes.

“Sem dúvida a digitalização consegue conciliar muito bem nas duas frentes. Temos casos de usos no Brasil da conectividade em propriedades e como isso trouxe benefícios. Em logística e uso de combustível, por exemplo, conseguimos uma redução”, destacou o especialista. “O céu ainda é o limite para tudo em soluções de logísticas, armazenagem [e] soluções digitais para aumento de produtividade”, completou.