O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,9 ponto em fevereiro, para 93,7 pontos, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta não foi suficiente para recuperar o tombo de 3,9 pontos registrado em janeiro.

O aumento do ICST foi puxado pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que avançou 2,7 pontos, a 97,7 pontos, ainda abaixo do resultado de dezembro (100,8). Nas aberturas, o indicador de demanda prevista subiu 4,7 pontos, para 101,1 pontos, e o índice de tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,6 ponto, para 94,2 pontos.

O Índice de Situação Atual (ISA-CST), em contrapartida, caiu 0,8 ponto, para 89,9 pontos, o menor nível desde julho de 2021 (89,4). Entre os componentes, o destaque foi a queda de 1,4 ponto do indicador de carteira de contratos, para 90,0 pontos, menor nível desde junho do ano passado (86,6 pontos). O índice de situação atual dos negócios caiu 0,2 ponto, para 89,9 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção cresceu 0,3 ponto porcentual em fevereiro, para 75,2%. O resultado foi puxado por aumentos de 0,3 ponto porcentual no Nuci de mão de obra, para 76,6%, e de 0,5 ponto no Nuci de máquinas e equipamentos, para 69,2%.

“Entre janeiro e fevereiro, não houve grandes mudanças no cenário setorial, assim, a alta de confiança no mês surpreende por refletir expectativas de curto prazo mais favoráveis. Houve uma percepção de que o pessimismo do mês anterior foi exagerado e, agora, o indicador retoma um patamar que aponta cautela com a evolução da demanda nos próximos meses”, diz a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Castelo, em nota.

Custos

Nesta leitura, a FGV apurou um aumento da proporção de empresas que relatam dificuldades com custos de matérias-primas. A razão das companhias que assinalaram o tema como problema passou de 26,9% em janeiro para 31,9% em fevereiro, após um pico de 40,3% em agosto de 2021.