Ontem à noite na capital Alagoana, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) abriu oficialmente o 11º Congresso do Algodão, que segue até sexta-feira, 1º de setembro. O evento deve reunir cerca de 1,3 mil produtores de todo o País. ”Este ano a programação está bem extensa com painéis técnicos”, diz Arlindo Azevedo Moura, presidente da Abrapa. São 84 palestrantes em 28 apresentações entre palestras, conferências e minicursos.

A programação do segundo dia foi aberta com a apresentação do agrônomo Evaristo Eduardo de Miranda, da Embrapa Monitoramento por Satélite, falando sobre a atribuição, a ocupação e o uso das terras no Brasil. “Não têm ninguém no País, seja governo, seja ONG, que preserve mais reservas naturais do que os produtores rurais”, diz Miranda. “São 20,5% de todo o território nacional”. Segundo Miranda isso significa um patrimônio de R$ 4 trilhões.

Realizado uma vez da cada dois anos, o evento não poderia ter caído num ano espetacular para a lavoura algodoeira do País. Mesmo com uma queda de 1,7% na área cultivada, indo para 939,1 mil hectares, a produtividade mais do que compensou. Segundo a Companhia Nacional de Abatecimento (Conab), a produção de pluma na safra deve chegar a 1,5 milhões de toneladas, 18,2% a mais que na safra passada. “A é elevar a produção com aumento de área”, diz Moura. Em cinco anos a área de algodão deve chegar a cinco milhões de hectares.