O Congresso iniciou no fim da tarde desta terça-feira, 21, uma sessão no plenário para votar o Orçamento de 2022. O parecer final da peça orçamentária, apresentado pelo relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), foi aprovado pouco antes na Comissão Mista de Orçamento (CMO), após impasses sobre o fundo eleitoral e reajuste salarial a policiais. Neste momento, a Câmara analisa a matéria.

Com a aprovação do relatório na CMO, que rejeitou todos os destaques, o fundo eleitoral ficou em R$ 4,9 bilhões para o ano que vem. Na prática, o recurso para o financiamento das campanhas políticas em 2022 será 144% maior do que o valor destinado na eleição de 2020, de R$ 2 bilhões.

O relator propôs inicialmente um valor de R$ 5,1 bilhões para o chamado “fundão”. Diante de críticas, reduziu para R$ 4,7 bilhões e direcionou a diferença para a educação.

A mudança, porém, causou reação do Centrão na Câmara, o que fez com que Leal apresentasse uma nova versão do parecer com R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral.

Também foi incluído no Orçamento de 2022 uma previsão de R$ 2 bilhões para reajuste salarial a policiais federais, uma demanda do presidente Jair Bolsonaro (PL). Desse total, o impacto nas despesas primárias do governo é de R$ 1,7 bilhão.