São Paulo, 23 – O Consórcio Antiferrugem já registrou 252 casos de ferrugem asiática na safra de soja 2020/21. O número de casos supera os 213 da safra 2019/20. Conforme o comunicado, os primeiros relatos da doença ocorreram em dezembro, com maior parte dos casos em fevereiro, quando grande parte da soja está na fase de enchimento dos grãos (R5), segundo a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

De acordo com a representante, o fato de a maioria dos registros ser após a fase R5 mostra que as estratégias de manejo da doença, que incluem a adoção do vazio sanitário (período em que não é permitido manter plantas vivas nos campos) e de cultivares precoces, vêm “reduzindo os prejuízos dos produtores”.

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Alguns Estados apresentam maior quantidade de relatos que outros, mas, conforme a pesquisadora, isso não está relacionado à maior severidade da doença.

Segundo ela, como Paraná (94 registros da doença), Rio Grande do Sul (85 registros) e Mato Grosso do Sul (22 registros) têm maior quantidade de municípios produtores de soja do que Bahia (8 registros) e Maranhão (1 registro), por exemplo, “a quantidade de relatos nos três primeiros Estados é justificadamente maior”, afirma Godoy.

A pesquisadora orienta produtores a consultar os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os produtos multissítio para aumentar a eficiência de controle.

A ferrugem asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a doença, considerada a principal na cultura da soja, tem custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil.