Copel, Cemig e CEEE estão em discussões com o governo federal visando potenciais alterações nos valores dos componentes de cálculo do bônus de outorga para renovação de concessões de usinas hidrelétricas, contou o presidente da estatal paranaense, Daniel Slaviero.

Ele citou que no cálculo do bônus de outorga da última hidrelétrica com concessão renovada – Porto Primavera -, utilizou-se valores de custo médio ponderado de capital (WACC, na sigla em inglês) e preço da energia que não são compatíveis com o cenário atual.

Slaviero citou em particular o preço da energia utilizado na ocasião da definição do bônus da usina da Cesp, de R$ 167 por MWh. “Nós estamos demonstrando que essa realidade não existe mais”, disse, citando o crescimento de novas fontes, a queda da demanda e a falta de perspectiva de reação da carga.

Ja sobre WACC, ele comentou que a realidade mudou tendo em vista, de um lado, a redução da taxa de juros no País, contrabalançada por um risco associado ao fato de que a energia será 100% ao mercado livre. Segundo o executivo, o Ministério de Minas e Energia tem se mostrado sensível ao assunto.

Slaviero citou que a primeira estatal a ter bônus de outorga de usina definido é a CEEE, que tem plano de privatização para o ano que vem.