O comércio global de contêineres registrou um início mais fraco que o previsto no primeiro trimestre de 2020. De acordo com o Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), o coronavírus teve um impacto no resultado, mas é preciso ter cautela em relação às informações dos efeitos da epidemia no setor logístico brasileiro, já que o vírus não é um fator exclusivo.

“Para o final de março, há a previsão de escassez momentânea de contêineres, pois muitos não foram descarregados na Ásia e podem demorar a serem reposicionados para novos embarques. Os armadores estão buscando alternativas e soluções que menos afetem o comércio exterior brasileiro”, adianta o Centronave, por meio de nota.

A baixa no comércio global ocorreu principalmente por conta das operações na China, que sofreu com a epidemia. Porém, a entidade destaca que o ano novo Chinês tradicionalmente também afeta o embarque e recebimento de cargas. As festividades praticamente paralisam as movimentações por duas semanas.

Neste ano, o feriado foi comemorado de 25 de janeiro a 12 de fevereiro. O auge da epidemia do COVID-19 foi em 30 de janeiro. No período, grande parte das fábricas já estavam paralisadas.

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Devido à epidemia, as medidas tomadas pelas autoridades asiáticas estenderam a pausa, diminuindo a produção em alguns países.

De acordo com o relatório, a ação resultou em um congestionamento de contêineres nos portos chineses de Xangai, Xingang, Tanjin e Ningbo.

Os maiores impactos de blank sailings (partidas não realizadas) ocorreu nos fluxos de comércio Asia-Estados Unidos, Asia-Europa e Asia-Oriente Médio.