São Paulo, 18 – A fabricante de máquinas agrícolas norte-americana Deere & Company registrou lucro líquido de US$ 641,8 milhões (US$ 1,97 por ação) no terceiro trimestre fiscal de 2017, encerrado em 31 de julho, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira, 18, pela companhia. O resultado representa alta de 31% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 488,8 milhões, ou US$ 1,55 por ação). Analistas consultados pela Thomson Reuters estimavam um lucro líquido de US$ 1,95 por ação. Após a divulgação do resultado, que veio abaixo das expectativas do mercado, as ações da Deere na Bolsa de Nova York (NYSE) recuavam cerca de 3%.

A receita da companhia no trimestre somou US$ 7,80 bilhões, com expansão de 16% ante o período equivalente de 2016. “A Deere voltou a apresentar fortes resultados no terceiro trimestre, ao se beneficiar de melhores condições no cenário global”, disse em comunicado o presidente e CEO da empresa, Samuel R. Allen.

“Estamos vendo uma demanda levemente acima da média para nossos produtos, com as vendas de maquinário agrícola na América do Sul apresentando um forte crescimento, enquanto equipamentos de construção tiveram alta expressiva”, explicou.

Nos nove primeiros meses de 2017, a Deere acumula lucro líquido US$ 1,649 bilhão (US$ 5,11/ação), apontando alta de 33% ante os US$ 1,239 bilhão verificados em igual período de 2016. A receita avançou 8% na mesma base de comparação, atingindo US$ 21,72 bilhões. “A performance da companhia também foi sustentada pelo nosso portfólio de produtos e pelo contínuo impacto de estrutura de custos flexível e nossa base de ativos”, acrescentou Allen.

O segmento de equipamentos agrícolas da companhia registrou lucro operacional de US$ 685 milhões, 20% acima dos US$ 571 milhões no trimestre na comparação anual. O desempenho foi influenciado por um aumento das exportações, realização de preços, ainda que parcialmente compensado por maiores custos de produção, financeiros, administrativos e gerais.

A projeção da empresa para o exercício fiscal de 2017 é de uma crescimento vendas globais na ordem de 9%. Para a América Latina, a expectativa é de crescimento de até 20% nas vendas, sustentado por melhores condições econômicas e políticas no Brasil e Argentina.

Já nos Estados Unidos e Canadá, as vendas de equipamentos agrícolas devem ficar entre a estabilidade e um recuo de cerca de 5%, diante do desempenho do setor pecuário e também pelos baixos preços das commodities agrícolas, afetando negativamente as vendas tanto de equipamentos grandes quanto pequenos.