São Paulo, 16/02 – O montante de crédito rural oficial liberado para médios e grandes produtores no acumulado da safra 2017/18, entre julho do ano passado e janeiro, aumentou 14% ante igual intervalo da temporada 2016/17 e alcançou R$ 85 bilhões. Os dados foram divulgados em nota pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura. Do total, R$ 63 bilhões foram contratados a juros controlados e R$ 22 bilhões a juros livres.

O maior crescimento foi verificado na concessão de crédito para comercialização. Foram desembolsados R$ 15,722 bilhões no período, 38,5% acima do apurado em igual intervalo da safra anterior. O diretor de Crédito e Estudos Econômicos do ministério, Wilson Vaz de Araújo, disse na nota que o aumento se deve, especialmente, ao fato de os preços dos produtos agrícolas estarem relativamente inferiores aos do ciclo passado, o que leva produtores a estocarem produtos e aguardar melhor oportunidade de comercialização. Os maiores tomadores de recursos nessa categoria foram produtores de milho, café, arroz e leite.

A liberação de crédito para investimentos também cresceu de forma expressiva, 24%, e chegou a R$ 16,963 bilhões. Foram destacados por Vaz, na nota, os resultados dos programas Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), para construção e ampliação de armazéns (PCA), do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). “A retomada desses investimentos implicará ganhos de produtividade no curto e médio prazos”, observou.

O volume de recursos provenientes da emissão da Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) contratados pelos produtores com juros subsidiados aumentou 61% e chegou a R$ 8,9 bilhões, ante R$ 5,2 bilhões no período passado.

O ministério informou também que o total concedido entre julho e janeiro por meio da linha Moderfrota, para financiamento de máquinas agrícolas, foi 5,3% inferior ao registrado em igual intervalo da safra 2016/17. Até o mês passado, R$ 4,159 bilhões tinham sido emprestados aos produtores, 45,2% do ofertado pela Pasta para toda a safra.