São Paulo, 10 – O superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, propôs no Senado que haja mais alternativas de crédito rural para ampliar a concorrência e desburocratizar a tomada de recursos pelo produtor. Em audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para debater a importância do crédito rural e do seguro agrícola, Lucchi disse que a CNA tem discutido outras formas de captação de recursos para o setor agropecuário, como fundos de previdência privada e títulos verdes. “Precisamos buscar novas fontes para ampliar a concorrência, baratear o custo da burocracia, pulverizar o funding e oxigenar o crédito”, disse em nota distribuída pela assessoria da CNA.

Em relação ao seguro rural, o superintendente ressaltou a importância do aprimoramento dos instrumentos de mitigação de risco e criticou a falta de previsibilidade orçamentária para a subvenção. Defendeu mais recursos para a subvenção ao seguro e mecanismos como o seguro de faturamento e a concessão da subvenção diretamente ao produtor. “Com a concessão direta ele vai ter maior poder de barganha por juros menores. O produtor também precisa ter um incentivo por buscar a mitigação dos riscos.”

Na mesma audiência, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, disse, ainda conforme a nota da CNA, que o foco da política agrícola deve se voltar a quem tem mais dificuldade de acessar recursos no mercado. Também participaram do debate representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).