São Paulo, 24 – O custo de produção de algodão em Mato Grosso na safra 2021/22 subiu em julho, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal sobre a cultura. Segundo o relatório, o custo operacional efetivo (COE) aumentou 1,61% em relação a junho, estimado em R$ 13.594,92/hectare até o mês passado. A safra 21/22 é semeada no fim do ano.

Em relação à safra 2020/21, que está sendo colhida, estima-se que haverá aumento de 39% no custo operacional efetivo. O COE inclui despesas com aquisição de insumos agrícolas (sementes, fertilizantes, defensivos), operações mecanizadas, mão de obra, impostos e taxas, combustíveis, custo de pós-produção (beneficiamento, classificação, armazenagem, transporte) e despesas financeiras (financiamentos, seguros).

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Os principais itens que sustentaram a alta do custo de produção foram os fertilizantes e corretivos (+ R$ 96,90/hectare) e defensivos (+ R$ 33,42/hectare), afirmou o instituto. O aumento mês a mês destes insumos deve-se à forte demanda neste período de intensificação das compras para a próxima safra, segundo o Imea.

Assim, para que o produtor consiga cobrir pelo menos o seu COE, é preciso que negocie a sua pluma a uma média de R$ 118,53/arroba, considerando produtividade média de 114,68 arrobas por hectare reportada na temporada 2020/21. “Apesar da ampliação, o preço da pluma na bolsa de Nova York, associado ao dólar, tende a sustentar os preços futuros da pluma acima do ponto de equilíbrio (preço necessário para cobrir o custo operacional) da safra), disse o Imea.