São Paulo, 14 – O custo total de produção de trigo no Rio Grande do Sul deve crescer 31,74% na safra 2021, para R$ 4.305,01 por hectare, estimou a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). O custo operacional, valor que o produtor desembolsa para insumos e frete, tende a ter incremento de 32,48%, para R$ 3.187,02 por hectare.

A safra 2021 está sendo plantada no Estado. Os dados foram divulgados pela entidade em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira.

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Apesar da alta dos custos, conforme economista da entidade, Tarcísio Minetto, a relação de troca – quantidade necessária de cereal para comprar determinado volume de insumos – continua favorável para o produtor.

“A alta do custo deve-se principalmente ao aumento em fertilizantes e insumos. É a melhor relação de troca desde 2014”, disse Minetto.

Segundo a entidade, o número de sacas para cobrir o custo do trigo no Estado em 2021 deve diminuir 16,88%, para 51,25.

Já para cobrir o custo operacional, serão necessárias 37,94 sacas (-16,41% ante 2020). O preço pago ao produtor pelo cereal aumentou 58% no período avaliado pela FecoAgro de R$ 53/saca FOB interior em 1º de junho do ano passado para R$ 84/saca em 1º de junho deste ano.