O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo, em alta desde maio de 2020, cresceu novamente em abril, ainda que em ritmo menos acelerado. Nesse mês, o reajuste nos preços de remédios e alimentos e a demanda por artigos de lar fizeram com que o índice crescesse 0,18%. Em 2021, o aumento total é de 2,29%. Em 12 meses, por sua vez, o salto é de 5,97%. É o que mostra a pesquisa Custo de Vida por Classe Social, realizada pela FecomercioSP.

Mas a desaceleração do incremento do custo de vida no mês não basta para frear o histórico de aumentos que vem do ano passado, de acordo com a entidade. A médio e longo prazos, a valorização do real pode contribuir para esse fim.

Segundo a FecomercioSP, o dado mais preocupante obtido pelo levantamento é o aumento nos preços do grupo de alimentos, que apresentou alta de 0,36% em abril e acumulado de 10,61% nos últimos 12 meses.

Trata-se do reajuste que mais significativamente impacta a renda das famílias da região analisada, uma vez que o consumo de alimentos e bebidas representam 22,4% do total de seu custo de vida. Por outro lado, o segmento de habitação e transportes registraram quedas modestas em abril.

O estudo revelou ainda que os principais impactados por essas mudanças no custo de vida são os mais vulneráveis. Assim, entre abril de 2020 e abril de 2021, a alta foi de 9,19% para a classe E, mas de 5,5% para a classe A.