O ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman al-Saud, afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira que a elevação na oferta de petróleo anunciada neste dia 1º de abril pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+, foi uma decisão “bastante conservadora”, que “pode ser ajustada”.

“A Opep+ ainda pode ajustar a produção em mais ou menos 500 mil barris por dia”, disse o ministro, que lidera o grupo. “O corte voluntário na produção da Arábia Saudita será gradual, de olho na reação do mercado. Se produção estiver em linha com visão do mercado, ótimo; se não, ajustamos”, completou.

A Arábia Saudita é o maior produtor de petróleo do globo e faz um corte de produção voluntário de 1 milhão de barris por dia (bpd) desde janeiro, condição que será mantida em abril.

Abdulaziz negou, na coletiva, que tenha havido pressão de países consumidores de petróleo para elevar a oferta e garantiu que boa parte do novo contingente de petróleo a ser oferecido ao mercado, nesta nova decisão,será destinada a países-membros da Opep.

Nesta quinta, a Opep+ divulgou nota informando que decidiu elevar a produção de petróleo “gradualmente” de maio a julho. A decisão foi tomada em reunião virtual dos países-membros e anunciada via comunicado oficial.

A nota, contudo, não informa precisamente a quantidade de elevação na oferta. De acordo com reportagem da Dow Jones Newswires, citando fontes, a elevação na oferta será de 350 mil barris por dia (bdp) em maio e junho e de 450 mil bpd em julho.