São Paulo, 22/11 – A fabricante de máquinas agrícolas norte-americana Deere & Company registrou lucro líquido de US$ 510,3 milhões no quarto trimestre fiscal, encerrado em 29 de outubro. O resultado representa alta de 79% se comparado ao desempenho do mesmo período de 2016, quando a empresa lucrou US$ 285,3 milhões. O lucro por ação diluído ficou em US$ 1,57 no trimestre, aumento de 74,4% em comparação com um ano antes. No ano fiscal de 2017, o lucro líquido foi de US$ 2,159 bilhões (US$ 6,68 por ação), crescimento de 42% ante o acumulado de 2016.

A receita de vendas atingiu US$ 7,09 bilhões no intervalo de agosto a outubro, avanço de 26% no comparativo anual. Deste total, o segmento de equipamentos agrícolas e para gramados respondeu por US$ 5,43 bilhões da receita total, uma elevação de 22% sobre o mesmo período de 2016.

Para o ano fiscal de 2017, a receita foi de US$ 25,88 bilhões, 11% superior aos US$ 23,38 bilhões apurados em 2016. O setor agrícola, principal segmento da empresa, representou US$ 20,16 bilhões do total, ao obter ganho de 9% em relação ao ano passado. Entretanto, vale destacar o avanço de 17% na receita do setor de construção em 2017, que atingiu US$ 5,72 bilhões.

“Vimos uma demanda global maior por nossos produtos. As vendas de máquinas agrícolas na América do Sul tiveram ganhos especialmente fortes e a comercialização de equipamentos de construção aumentaram acentuadamente”, diz o presidente e CEO da Deere, Samuel R. Allen. Ao mesmo tempo, segundo o executivo, a empresa realizou benefícios contínuos em seu portfólio de produtos e deixou a estrutura de custo mais ágil.

Para o ano fiscal de 2018, a Deere prevê aumento em torno de 9% nas vendas globais de equipamentos agrícolas e para gramados, incluindo um efeito cambial de, aproximadamente, 2%. O comércio de tratores e colheitadeiras na América do Sul deve transitar entre a estabilidade e uma alta de 5% no ano que vem, como resultado da continuação nas condições positivas, particularmente, na Argentina.

No mercado norte-americano, dos Estados Unidos e Canadá, estima-se elevação entre 5% e 10% nas vendas do segmento agrícola em 2018, suportada pela maior demanda por produtos de grande porte. Na União Europeia, a comercialização tende a crescer 5% amparada por condições favoráveis na pecuária e lácteos. Já para a Ásia estão previstas vendas firmes, com a Índia compensando a fraqueza nos negócios com a China.