Nova York, 19/05 – A fabricante de máquinas agrícolas norte-americana Deere & Company reportou nesta sexta-feira, 19, um lucro líquido de US$ 802 milhões (US$ 2,51 por ação) no 2º trimestre fiscal, encerrado em 30 de abril. O resultado representa alta de 62% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 495 milhões, ou US$ 1,57 por ação). Analistas consultados pela Thomson Reuters estimavam um lucro líquido de US$ 1,67 por ação.

A receita da companhia no segundo trimestre totalizou US$ 5,79 bilhões, alta de 1% ante o ano passado. “A Deere reportou resultados fortes no segundo trimestre na medida em que as condições do mercado mostraram sinais de estabilização”, disse Samuel R. Allen, presidente e CEO da empresa. “Estamos vendo uma demanda levemente acima da média para nossos produtos, com as vendas de equipamentos na América do Sul apresentando uma forte recuperação”, acrescentou.

Já para o acumulado dos dois trimestres do ano fiscal, o lucro líquido foi de US$ 996 milhões, alta de 33% ante os US$ 750 milhões reportados em 2016. A receita no período avançou 1%, para US$ 9,39 bilhões.

O lucro operacional da empresa no setor de agricultura saltou de US$ 614 milhões, para US$ 1,003 bilhão no trimestre na comparação anual, ganho de 63%. O desempenho foi influenciado por um melhor mix de vendas, realização de preços e o impacto favorável do câmbio. Para o encerramento de 2017, a empresa espera elevar suas vendas globais em 8%. Para a América Latina, as vendas de tratores e colheitadeiras estão projetadas para avançarem 20%, principalmente por melhores cenários no Brasil e Argentina.

Já nos Estados Unidos e Canadá, entretanto, as vendas de equipamentos agrícolas estão projetadas para recuar cerca de 5% no ano fiscal, refletindo o baixo desempenho do setor de gado e também pelos baixos preços das commodities agrícolas.

“O desempenho positivo da Deere também reflete a execução de nosso plano de operação, o fortalecimento do nosso portfólio de produtos e também o impacto de nossas ações para desenvolver uma estrutura de custos mais ágil. Como resultado, nós elevamos nossa projeção e agora esperamos por ganhos significativos nos lucros para o encerramento do ano”, disse o CEO.

O lucro líquido da empresa e receita estão projetados para crescer em torno de 9% no fim do ano fiscal e 18% no próximo trimestre – ambos na comparação com 2016.