Chicago, 16 – O Brasil parece ser uma área importante para o crescimento das vendas da Deere daqui para a frente, disseram nesta sexta-feira executivos da fabricante de equipamentos agrícolas, em teleconferência para discutir os resultados do terceiro trimestre fiscal. “Agricultores brasileiros estão buscando capitalizar as maiores oportunidades de exportação”, disse o economista-chefe da companhia, Luke Chandler.

Para muitos traders, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China estão permitindo que o Brasil se torne a origem de preferência da China para a compra de grãos.

Apesar disso, a empresa manteve inalterada sua estimativa para o crescimento das vendas de tratores e colheitadeiras na América do Sul este ano. A expectativa é de vendas estáveis ou de crescimento de até 5%.

Nos EUA e Canadá, a Deere prevê vendas estáveis de equipamentos agrícolas. A estimativa anterior era de vendas estáveis ou de aumento de até 5%

Mais cedo, a Deere informou que obteve lucro líquido de US$ 899 milhões, ou US$ 2,81 por ação, no terceiro trimestre fiscal de 2019, encerrado em 28 de julho. O resultado representa recuo de 1,2% ante igual período do ano anterior, de US$ 910 milhões, ou US$ 2,78 por ação. Já o lucro líquido ajustado aumentou 2,12% na comparação anual, para US$ 2,71 por ação. As vendas líquidas de equipamentos também recuaram, passando de US$ 9,28 bilhões para US$ 8,97 bilhões.

Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 2,83 por ação e vendas líquidas de equipamentos de US$ 9,41 bilhões.

O CEO da Deere, Samuel Allen, atribuiu o lucro abaixo da expectativa à disputa comercial e ao clima desfavorável nos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.