A demanda por carne de porco tem enfrentado oscilações devido às medidas globais de quarentena em decorrência da Covid-19. A queda no consumo na América do Norte e Europa pode se expandir em breve para as novas regiões afetadas pelo vírus, afirma o Rabobank em relatório.

A demanda asiática de carne de porco está se recuperando, mas permanece limitada pela disponibilidade e preço. O levantamento aponta uma volatilidade contínua dos preços da carne suína em 2020. As interrupções no processamento devido a restrições trabalhistas também enfraqueceram a demanda e atrasaram o crescimento da produção global.

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No Brasil, apesar do impacto do novo coronavírus, as exportações de carne suína continuam fortes, impulsionadas pela demanda da China. “A fraqueza do real e a falta de oferta na Ásia apoiarão o crescimento contínuo, buscando compensar os mercados domésticos mais fracos. Os produtores enfrentam custos mais altos de milho, o que deve limitar a produção”, alerta a instituição.

Nos Estados Unidos, a pesquisa explica que o fechamento de fábricas e escassez de mão de obra criaram incertezas e forçaram uma queda de 35% nos preços de suínos nas últimas semanas. O movimento gerou um acúmulo de suínos, com suprimento recorde. Na Europa, a demanda asiática também impulsionou um aumento de 25% nas exportações.